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MISERICÓRDIA:
DOM E DÁDIVA DE DEUS

 

"O ser humano passa horas no seu smartphone, mas não passa uma hora comentando sobre o seu dia com a família e com os amigos".

 


Caríssimos em Cristo, como é bom estarmos aqui, na presença do Senhor sacramentado, que hoje possamos sentir sua voz soar em nossos corações, e que a graça e a paz de Deus estejam convosco. Irmãos, o ano de dois mil e dezesseis, foi proclamado em nível mundial pelo Papa Francisco, em Roma, como ano santo da misericórdia. Mas qual era a finalidade do Papa para tal tema? Ora, Francisco desde o inicio do seu pontificado, mostrou um interesse em deixar a igreja mais acessível ao povo de Deus.
Atualmente, estamos vivendo em uma sociedade que às vezes prega o ódio, a violência e, sobretudo a desunião familiar, e o motivo está claro diante de nossos olhos, nada mais é do que o individualismo e o consumismo exacerbado da era pós-moderna, a qual foi caracterizada por Bauman, sociólogo polonês, como modernidade líquida.
Ora, mas o que tem a vê modernidade líquida com misericórdia? Modernidade líquida, nada mais é, segundo Bauman, do que uma modernidade inconsciente, onde as relações entre as pessoas, as família, os amigos, estão perdendo a consciência de comunicação em seus grupos ou familiar. Esta era é marcada pela globalização, ou seja, pelas transformações econômicas, sociais, e, sobretudo cultural, onde surgem novas tecnologias, como a internet e os dispositivos móveis favorecendo e intensificando o distanciamento pessoal do homem para com o próprio homem. Com isto surge então uma padronização da sociedade, onde o individualismo está ficando cada vez mais forte. O interessante é percebermos as marcas, as pegadas da sociedade, principalmente nestes primeiros anos do século XXI.
Hoje o ser busca: liberdade de escolhas, independência, e, sobretudo uma imposição dos seus próprios desejos e vontades. E é justamente nos seus próprios desejos que se encontra o principal problema da sociedade. Pois bem, estes desejos e vontades, gera no homem uma cultura do “eu” – eu posso, eu quero, eu mando, eu preciso. Este pensamento de egoísmo e prepotência está deixando a sociedade injusta e cega diante dos problemas criados pela mesma. A fome, a guerra, a exclusão social, a injustiça, e principalmente a falta de comunicação.
- O ser humano passa horas no seu smartphone, mas não passa uma hora comentando sobre o seu dia com a família e com os amigos.
- O ser humano não vê a violência e as injustiças cometidas ao seu redor, mas questiona sobre as mesmas em suas redes sociais.
- O ser humano despreza os doentes, os idosos, os pobres, mas preza os inúmeros amigos conectados virtualmente, sem conhecer a sua história, seus problemas, suas dificuldades e família.
- O amor, acaba se tornando um amor líquido, que é fruto dos próprios desejos, onde o homem busca a felicidade através das próprias satisfações, sustentando assim relacionamentos virtuais e sem compromisso, apenas pra suprir o vazio criado por si mesmo.
É diante desta situação que nos encontramos e percebemos um sentido para a tal proposta do pontífice, se por um lado temos uma valorização para o crescimento do individualismo, onde o homem sente um vazio interior criado simplesmente por se afastar-se de Deus, onde busca preenchê-lo com os prazeres que a vida o oferece, por outro, temos a misericórdia que é a porta para percebermos o calor e, principalmente o amor de Deus para com o seu povo. Deus com seu infinito amor e misericórdia nunca cessa de resgatar, e, sobretudo libertar o homem de sua própria escravidão, o carrega em seus ombros, e o leva de novo para o seu caminho. Eis aqui, a finalidade de Francisco, de tirar do homem a cultura do “eu” e fazê-lo compreender de que para alcançar o reino da bem aventurança e da luz, é preciso ir ao encontro daqueles que gritam por misericórdia no mundo diferente de hoje.
Mas antes de falarmos sobre um assunto, é preciso por primeiro entronizá-lo em nossa consciência e também em nosso coração. Portanto, começamos no principio a entender o que significa a misericórdia, apesar de parecer tão complexa nos olhos humanos, ela se torna simples quando a olhamos com o olhar de Deus e, principalmente quando temos uma experiência viva com a mesma. E para demonstrar esta simplicidade vamos procurar compreende-la a luz do evangelho de Lucas e, sobretudo a partir da parábola do pai misericordioso que se encontra no capítulo quinze do livro citado acima. Veremos que nesta parábola há elementos simples e tão reais, que exigem uma profunda reflexão de nossa parte. Neste evangelho, percebemos a grandeza e a infinidade do amor e da misericórdia de Deus para com seus filhos. Após passarmos por uma reflexão sobre ela, adentraremos mais a fundo na parábola do pai misericordioso e, após isto encontraremos uma luz e, também a razão para colocá-la em pratica na nossa vida. Que por intercessão de Maria. A mãe da misericórdia, Deus nos ajude, para que ao sairmos daqui, possamos ter a coragem de sermos também pessoas misericordiosas.
Mas afinal o que de fato venha a ser a misericórdia? Ora, em um primeiro momento, é importante entendermos a etimologia da palavra e seus significados, pois bem, a palavra misericórdia é composta por duas outras palavras latinas: miserere –córdie, que traduzindo para o português significa: miséria de coração. O sangue que Jesus Cristo derramou na cruz, revela a imensidão do amor divino, amor este, que se abre e que se permite também nós a mergulharmos em seu coração todas as nossas misérias e, ali sermos curados pelas santas chagas do salvador e redentor nosso.
O coração é considerado a raiz que sustenta o homem, o núcleo mais profundo da pessoa humana, ou seja, o centro da vida do homem. O coração revela quem é o homem, o que existe dentro dele, o que valemos e principalmente, aquilo que somos. O coração do pai é fonte de amor e misericórdia, somente quem o experimenta atinge este amor e esta misericórdia. Portanto, sermos miseráveis de coração é adentrarmos no mistério da cruz e conhecer em Cristo os mistérios mais profundos que jamais o homem entenderá. É olhar para Jesus eucarístico e nele se conhecer como pecador. É deixar de ser orgulhoso e prepotente, olhar para o seu próximo e reconhecer nele um irmão, e juntos na unidade da Cruz, construírem aqui na terra o reino do céu.
A principal característica de Deus é a misericórdia, como disse o Papa Francisco, misericórdia é a carteira de identidade de Deus, por mais pecador que somos ele nunca nos abandona, a todo tempo está falando ao nosso ouvido: eu te amo, você é meu filho amado, nunca vou desistir de você. Ao contrário, nós que abandonamos a Deus quando não respondemos ao seu chamado, estamos acostumados com as turbulências da vida, com os sofrimentos, com aquilo que nos tira o sono, e não mais temos tempo para silenciar o coração e deixarmos sermos conduzidos pela graça do pai.
É justamente por esta falta de não sentirmos amor do pai que está à causa principal de não praticarmos a misericórdia em nosso meio. O amor do pai é a fonte de toda misericórdia, se distanciamos deste amor, também nos distanciamos da misericórdia. E como vamos praticar algo da qual estamos distante? É por isto que devemos por primeiro nos reconciliar com o amor do pai, para senti-lo em nosso coração, e assim, a nos amar e, sobretudo amar o próximo, só assim encontraremos o verdadeiro sentido para vivenciar aquilo que chamamos de misericórdia. Aqui chegamos a uma profunda conclusão, de que para agir com misericórdia é preciso desenvolver o amor.
Olhemos agora para a parábola do pai misericordioso: um homem tinha dois filhos, o filho mais novo disse ao pai: “pai, dai-me a parte da herança que me cabe,” então o pai repartiu seus bens entre seus dois filhos, e o filho mais novo, foi embora seguir o seu destino. Mas aconteceu que um pouco tempo depois, o filho mais novo começou a passar necessidade, porque ele esbanjou todos os seus bens com uma vida desregrada. Após isto, não conseguia emprego, e com isto, surgiu à fome e as necessidades. Decidiu então voltar para a casa do pai como um de seus empregados e não como filho. Ele estava convicto de que seu pai o iria tratar como um empregado, e não como o seu filho. Então o filho levantou-se e voltou para casa de seu pai. Ao se aproximar da casa do pai, este o avistou, e correu de braços abertos para acolhê-lo de voltarem seu lar, e o abraçou e encheu-se de beijos, demonstrando o seu carinho pelo filho.
E de fato o filho que voltou disse a seu pai: “pequei contra Deus e contra ti, me trate como um de teus empregados, não como seu filho.” E diante disto, a reação do pai foi somente uma, de amor e misericórdia, disse o pai: “trazei de pressa a melhor túnica para vestir meu filho, coloque um anel em seu dedo, e calçai sandálias em seus pés, trazei também um novilho gordo, vamos festejar, pois este meu filho estava morto e agora reviveu.” Mas ai tem um problema, o filho mais velho estava no campo, assim que voltou ouviu barulho de festa e dança, e com estranheza chamou um dos empregados e disse: “o que está acontecendo por aqui?” e o empregado disse: “você não ficou sabendo? é o seu irmão que voltou, e o seu pai mandou matar um novilho gordo para festejar, porque o recuperou são e salvo.” E o pai o chamou o filho mais velho para festejar junto, mas ele recusou e disse a seu pai: “há tantos anos que te sirvo, e você nunca me deu um cabrito para festejar com meus amigos, agora vem este teu filho que esbanjou os seus bens com prostituta, e você mata para ele um novilho gordo?” e o pai com toda mansidão e amor responde atenciosamente a seu filho mais velho: “meu filho, você está junto comigo, o que é meu é seu, mas era preciso festejar, pois este teu irmão estava perdido e encontrado.”
Olhemos agora para os elementos que esta passagem nos apresenta, por primeiro temos a figura do filho mais novo, este é cada um de nós, que pedimos a parte da herança que nos cabe, e achando que podemos caminhar sozinhos nas estradas da vida, pegamos aquilo que nos cabe e seguimos caminhando com nossas próprias pernas. Deixamos de participar da graça de Deus, deixamos de praticar as boas obras, deixamos olhar para o outro como meu irmão, e assim não mais participando fielmente da comunidade cristã, desligados do pai, caímos assim no mundo do pecado.
Mas como tudo na vida tem um preço, e sempre colhemos aquilo que plantamos, surge então na nossa vida as consequências daquilo escolhemos, se escolhemos coisas boas iremos ter consequências boas, se escolhemos as más, teremos consequências más, mas no caso do filho mais novo, e as vezes também o nosso caso, são as consequências más que surge em nossas vidas, onde praticamos tudo aquilo que julgamos como correto, fizemos tudo o que queremos, saímos do estado de graça para dar passagem para as coisas do mundo. Assim o que nos resta são os arrependimentos, e este é o maior castigo que o homem cria para si mesmo, pois não há nada mais doloroso do que o arrependimento, é mais doloroso do que cortar o dedo em uma faca.
Mas o arrependimento é um bom sinal, além do mais é um aprendizado de uma experiência que não nos fez bem, ou seja, o arrependimento se torna a porta de entrada para uma mudança de vida, onde deixamos de viver tudo aquilo que nos causa desconforto e infelicidade. É a partir deste que decidimos assim como o filho pródigo voltar para perto de Deus, com um propósito de viver a santidade e buscando sempre mais a perfeição.
O que é interessante percebermos no evangelho é o modo como o pai trata o seu filho desgarrado, ele não o trata como um estranho, nem como um de seus empregados, mas sim como um filho e se alegra em vê-lo bem, o pai do evangelho nem se preocupou com o que seu filho gastou a sua herança, mas ele se alegrou em recuperá-lo com vida. Assim é Deus, ele não olha a nossas atitudes, o que fizemos ou o que deixamos de fazer, ele não se preocupa com nossos pecados, ao contrário, ele se alegra com a nossa conversão, ele se alegra quando encontramos o verdadeiro sentido da vida, ele se alegra quando encontramos o seu caminho de volta.
É justamente nesta alegria do pai para com seu filho que está à beleza do evangelho, olhamos, pois a atitude do pai, que por primeiro correu ao encontro de seu filho e o abraçou e o encheu de beijos, esta atitude mostra o amor de Deus para com todos nós, mostra que a misericórdia do pai não tem fim, não possui limites. É uma atitude de acolhimento, da qual Deus nos acolhe novamente em seus braços, e assim entra em nossa vida e preenche o vazio que procuramos e não encontramos nas coisas do mundo.
Algumas atitudes simples, mas de grande significado que o pai tem para com o filho: “trazei de pressa a melhor túnica para revestir meu filho.” Assim como o pai revestiu o seu filho com a melhor túnica, assim Deus nos reveste com o seu supremo amor e misericórdia, independentemente quem somos, por mais pecador que sejamos ele está sempre pronto a nos amar. “Colocai um anel em seu dedo.” O anel representa a reconciliação do pai para com o seu filho, assim é Deus que fez uma aliança com o seu povo através da morte de cruz do seu filho Jesus Cristo e senhor nosso. Com a morte de Cruz, se concluiu o mistério da salvação, mas antes disso Deus sempre se comunicou e, sobretudo, marcou uma aliança com o seu povo, se pegarmos desde a criação do mundo, até os dias atuais veremos que Deus sempre marca a sua presença em nosso meio.
Há, sobretudo três principais aliança que Deus realiza com o seu povo, primeira, temos a revelação de quem é Deus, Deus que se revela aos profetas, e estes se torna os representantes deste Pai no mundo, levando o amor e a misericórdia para o povo escravizado, e, sobretudo anunciando a vinda do salvador, mas o povo com toda sua pequenez e pobreza de espírito, peca contra Deus, mas este nunca cansa de nos amar e, novamente permite uma outra aliança, eis aqui a segunda, a travessia do mar vermelho, onde Deus conduz Moisés a libertar o povo de Israel da escravidão de faraó, e assim o Pai de amor e misericórdia deu a liberdade ao seu povo, atravessando a pé enxuto, aquele mar, deixando nas aguas todas as amarguras que sufocaram por tantos anos a sua alma. Mas como o ser humano é complexo e insatisfeito com a vida, rompe novamente a aliança com Deus, construindo um bezerro de ouro, prestando culto a um deus falso e que nada podia fazer por eles, deixaram de lado o amor do Deus verdadeiro, para se entregar a idolatria.
A injustiça cometida por parte do povo para com Deus é imperdoável, mas para Deus é apenas um vacilo, e que de novo olha para a humanidade com misericórdia. Manda para caminhar junto conosco o seu filho amado, do qual tem como nome Jesus Cristo, que veio ao mundo, mostrar que há um Deus amoroso, compassivo e misericordioso, mas o pecado do homem está tão infiltrado na carne humana que não reconheceu em Cristo a presença deste amor, e julgando o condenaram a morte de Cruz, simplesmente por levar o amor a todos os povos, e foi nesta Cruz, onde o filho do homem derramou o seu sangue, que foi martirizado e coroado com uma coroa de espinhos que Deus provou para o homem que ele realmente se importa com cada um de nós. E foi nesta cruz, que fomos lavados pelo sangue de cristo, e perdoado dos nossos pecados.
E nos dias de hoje, será que Deus também mostra o seu amor por nós? Sem duvida alguma, Deus novamente nos permite a reconciliarmos com ele através da igreja edificada pelo seu filho aqui na terra onde nos deixou a riqueza do sacerdócio, e é através do sacerdote que nós possamos experimentar a misericórdia do pai, quando procuramos o sacramento da reconciliação, e demonstrando a Deus o nosso arrependimento. O sacerdote é a extensão de Cristo aqui na terra, quando o procuramos para sermos absolvidos dos nossos pecados, procuramos também o amor e a misericórdia de Deus, e ali nos reconciliamos e voltamos novamente ao estado de graça.
“Calçai sandálias em seus pés.” O pai vendo toda a miséria do seu filho, o calça para que ele possa se sentir como um filho amado. Aqui Jesus quer dizer que é Deus que nos sustenta em seus braços, Deus que nos calça e nos leva na palma de sua mão, para que não possamos nos entregar de mãos beijadas para o inimigo, Deus que faz de tudo para que nós possamos sentir que somos realmente o escolhido.
“Matai um novilho gordo, vamos festejar.” Certamente é festa no céu quando voltamos novamente para o calor do amor do pai. A festa que o pai preparou para o seu filho, é comemorativa, onde o filho come e bebe daquilo que o seu pai o oferece, e esta festa se torna um marco na historia deste homem que depois de se afastar do banquete do pai, é acolhido com carinho. Assim também somos nós, que somos acolhidos pelo pai com a festa da eucaristia, onde o seu próprio filho se faz presença, nas espécies do pão e do vinho, “eis o meu corpo, eis o meu sangue.” Esta festa que o pai nos preparou é a festa do corpo e o sangue de nosso senhor Jesus Cristo, assim em comunhão com ele, estamos também em comunhão com a comunidade cristã, alegrai-vos e exultai, pois o senhor é o nosso alimento espiritual.
“meu filho, tudo o que é meu é seu, mas era preciso festejar, pois o seu irmão estava perdido e foi encontrado.” Às vezes, muitos de nós que estamos dentro da comunidade cristã, nos julgamos dignos de estarmos na presença de Deus. Nunca compreenderemos o amor e a misericórdia de Deus para com seus filhos, e esta incompreensão gera em nós uma repugnância em relação ao pecador que se converte. Em nossas comunidades, vemos isto claramente, há aqueles que tudo quer fazer na comunidade, assume tudo, não divide as tarefas com as pessoas novas pertencentes a comunidade, pelo motivo de achar que o outro não é digno de fazer as tarefas. Ai a pergunta que nos fazemos é a seguinte, será que nós aqui presentes hoje, somos dignos de realizar as tarefas da qual Deus nos chamou? Somos melhores que os outros, e por isto estamos aqui? Certamente não, somos pecadores e miseráveis, precisamos da misericórdia de Deus em nossas vidas, e se assim for qual o motivo de ficarmos presos ao orgulho e a ignorância? Pois bem, o motivo nada mais é do que a falta de amor a Deus e ao próximo, e assim não percebemos o quão pequeno somos diante do pai e tão pecador diante do irmão.
Meus irmãos como é interessante e também metafórica esta passagem, apesar dela ter sido escrita há quase dois mil anos, como ela é atual em nosso meio hoje. Tão atual, como refletimos e vemos que a única coisa que mudou foi somente o tempo, porque as atitudes continuam e certamente continuará pelas futuras gerações.
Pois bem de tudo isto que conversamos e refletimos, tiramos como conclusão somente uma coisa: de que para vivenciar a misericórdia de Deus é preciso somente observar e, sobretudo praticar aquilo que o primeiro mandamento nos diz: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo. Portanto é na prática do amor que encontramos o combustível para construirmos juntos, em unidade cristã, o reino dos Céus aqui na terra, e, sobretudo praticando e saboreando cada vez mais à fundo a misericórdia divina.
Diz o Papa Francisco: “quanto desejei que em nossas paróquias e nossas comunidades chegassem a ser ilhas de misericórdia em meio ao um mar de indiferenças.” É somente através a abertura ao amor que iremos alcançar a força de viver como misericordiosos. Portanto, procuramos não nos fechar em nosso próprio mundo, sozinhos não conseguimos amar, mas somente quando estamos em unidade e em comunhão com Deus e com o outro que encontraremos os caminhos da misericórdia.
Que nosso senhor Jesus Cristo, nos ensine a sermos misericordiosos como o vosso pai é, e assim quando formos chamados a contemplar a face de Deus, possamos beber desta fonte de misericórdia e amor.
Que o senhor nosso Deus nos abençoe hoje e sempre.

Pregação Cap.Sem.Maior - 11/2016

Seminarista: Fernando R.S. Pereira