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      JUNHO/19"PARÓQUIA SANTA ISABEL DE PORTUGAL"   
 
  Reflexão da Solenidade de Corpus Cristi 2019. Hoje  a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar!” â€“ CarÃssimos irmãos, é, precisamente, este o  sentido da hodierna solenidade: celebrar, proclamar, professar, expressar a  nossa fé inabalável na presença real do Cristo morto e ressuscitado nas  espécies eucarÃsticas!
 Eis a nossa fé: cremos com  todo o nosso coração e com toda a nossa mente que, nas espécies eucarÃsticas  oferecidas como Sacrifico de Cristo – sacrifico único, perfeito, eterno – o  Senhor Jesus está realmente presente no seu Corpo e no seu Sangue, alma e  divindade, tão perfeito e real como está no céu. Ante o pão e o vinho  consagrados, podemos cantar, como o povo cristão canta: “Deus está aqui! Ó vinde, adoradores, adoremos a Cristo redentor!” Eis:  nas espécies consagradas já não há mais pão, já não há mais vinho: há somente o  Corpo e o Sangue do Senhor morto e ressuscitado, todo no que era vinho, todo no  que era pão. É ele: adorável, amável, Vida para nossa vida!
 CarÃssimos, trata-se de um  Mistério de fé que somente pode ser compreendido de joelhos! Trata-se de uma  realidade concreta que somente pode ser apreendida se abrirmos o coração ao  desÃgnio amoroso e salvÃfico de Deus! Não há como perceber, não há como provar,  não há como demonstrar cientificamente! Não podemos apreendê-lo, capturá-lo com  nossa razão e nossos sentidos: o paladar falha, pois saboreia pão e vinho; o  tato falha, pois pega pão e vinho; a visão falha, pois enxerga pão e vinho; o  olfato falha, pois cheira pão e vinho… Somente pelo ouvido, que crê o que  escuta, podemos perceber o Mistério; somente a audição não falha: “Isto é o meu corpo; isto é o meu sangue! Eu sou o pão vivo  descido do céu. O pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo!”Eis,  que mistério tão grande: o pão que Cristo dá é a carne dada, a carne  sacrificada, entregue na cruz, para a vida do mundo! Que mistério! Que amor!
 Os judeus não entenderam, os judeus contestaram, os  judeus se escandalizaram, os judeus o abandonaram! Infelizmente, há cristãos  que não entendem, que contestam, que se escandalizam e não comem nem bebem a  Vida que dura eternamente!
 Mas, Jesus insiste: “Em verdade, em verdade os digo: se não comerdes a carne do Filho  do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós! Quem come a  minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei!” â€“  São palavras impressionantes, quase que inacreditáveis: o corpo e sangue de  Jesus devem ser comidos como fonte de vida! Não de qualquer vida, mas da vida  eterna, vida de Deus! Esta vida é o próprio EspÃrito Santo, que ressuscitou  Jesus e que impregna seu Corpo e Sangue nas espécies eucarÃsticas! Por isso, na  comunhão, recebemos, comemos a Vida já agora e plantamos esta Vida para a  ressurreição final! “Porque a minha carne é  verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e  bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele!” – O que mais  Jesus poderia dizer para deixar mais claro e patente que sua presença na  Eucaristia é realmente real? É “verdadeiramente comida, é  verdadeiramente bebida!” “Como o Pai que me enviou vive – Ã© o  Deus vivente e pleno de vida -, e eu vivo pelo Pai, o  que come de mim viverá por mim!” â€“ Que dom, que graça: viver  por Jesus, viver com a mesmÃssima vida que Jesus ressuscitado recebeu do Pai:  viver daquela vida escondida no pão e no vinho! Eis o dom que o Senhor faz de  si mesmo! E Jesus conclui, no Evangelho de hoje: Este é o pão que desceu do céu, não é um simples pão  deste mundo! Não é como aquele que os vossos pais comeram.  Eles morreram! O maná não dava a vida divina, o maná não era  transfigurado pelo EspÃrito Santo, Senhor que dá a vida! Aquele que come este pão viverá para sempre!”
 CarÃssimos!  Na travessia do deserto da vida, o Senhor nos conduz entre humilhações e  provas, que nos revelam quem somos, o que temos no coração… O Senhor não nos  infantiliza, não nos livra dos embates da existência, mas permanece  conosco: “Não te esqueças do Senhor teu Deus: ele foi  teu guia no vasto e terrÃvel deserto. Foi ele que fez jorrar água para ti da  pedra durÃssima e te alimentou no deserto com o maná que nem tu nem teus pais  conhecÃeis, para te mostrar que nem só de pão vive o homem, mas o homem vive de  toda palavra que sai da boca de Deus!” Nos nossos desertos,  nesse deserto da longa história humana, que a Igreja vai atravessando,  nutramo-nos desse pão e bebamos da bebida que sai do Cristo, nossa Rocha! Este  alimento verdadeiro, de vida verdadeira, ei-lo no altar: “O cálice que abençoamos é a nossa comunhão com o sangue de  Cristo. O pão que partimos é a nossa comunhão com o corpo de Cristo!” Comunguemos,  pois,com ele: comunguemos no sacramento, no afeto, nas escolhas, nas situações  da vida, nas certezas, na morte e na vida eterna!
 “Bom Pastor, pão de verdade,/  piedade ou Jesus, piedade, / conservai-nos na unidade, / extingui nossa  orfandade,/ transportai-nos para o Pai.
 Aos mortais dando comida,/ dais  também o pão da vida;/ que a famÃlia assim nutrida/ seja um dia reunida/ aos  convivas lá do céu”. Amém
 
 Fraternalmente:                      Pe. Rivaldo Celson Alves-Paróquia Santa Isabel -Uchoa-
 
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